Afirmo que ateísmo é uma forma de fé porque a ciência prova que algo existe ou não.
Porque o criacionismo é óbvio A verdade possui sintonia com a moderação e, seguramente, não se consegue defender uma verdade com ofensa ou sarcasmo. Por esse motivo, decidi escrever esse artigo para esclarecer alguns pontos importantes sobre as críticas que recebo em relação à minha fé e sobre os questionamentos feitos por alguns que se dizem ateus e se propõem a atacar a quem quer que seja que tenha alguma fé diferente da sua.
Afirmo que ateísmo é uma forma de fé porque a ciência prova que algo existe ou não. Por isso há o sinal científico de existe e não existe. Basta consultar um livro de matemática, física e outras ciências que usam a lógica para aprender a respeito. Assim, se alguém afirmar cientificamente algo, deve provar. Se não submeter ao crivo da prova científica, é fé. Como ateus não provam que Deus não existe, afirmam por fé. Do contrário, no máximo poderão afirmar: “não sei se Deus existe”.
Preliminarmente sei que o mundo está em constante evolução. A altura média do homem hoje é maior do que há 100 anos atrás. Há evoluções geológicas decorrentes de erosões, movimentos sísmicos, e outras. Há também animais que se extinguem e várias outras formas de evolução. A linha do evolucionismo que sou contrário é a que afirma ou induz que o universo surgiu espontaneamente ou que afirma que o homem originou-se do macaco.
Alguns ateus alegam que não há artigos científicos sobre o criacionismo. Acho que artigos desta natureza são dispensáveis. Os artigos científicos não costumam debater coisas óbvias. O que é aceito como pressuposto, premissa ou verdade universal dificilmente se torna objeto de polêmicas que mereçam grande concentração de esforço da pesquisa científica.
Achar, por exemplo, que estruturas complexas, funcionais, regidas por leis científicas modeláveis surgiram espontaneamente parece ser pouco razoável. Quanto mais complexas, mais difíceis são de serem criadas. Mais difíceis ainda de terem surgido espontaneamente.
Por exemplo, não vejo artigos científicos que confrontam posições de cientistas que queiram provar que um mais um não seja dois. Isso é uma premissa aceita e, se alguém quiser fazer uma demonstração diferente, esta pessoa precisará derrubar esta premissa.
Se levarmos para o lado prático, esta situação pode ser ilustrada pela seguinte situação: se astronautas encontrarem na lua uma casa construída de acordo com as normas de engenharia, um grupo de pessoas poderá pensar que alguém construiu a casa seguindo as referidas normas. Outras poderão achar que foi um processo evolutivo que permitiu o surgimento daquela casa, já que a lua não é habitada por seres humanos.
Quem acha que alguém construiu a casa, parte da premissa que pessoas estiveram lá. Quem acha que surgiu por processos evolutivos, tentará encontrar argumentos que justifiquem esta hipótese partindo de algumas premissas. Ambos entenderão que a casa teve etapas intermediárias de construção e provarão isso. As evidências mostrarão diversas etapas da “evolução” ou “construção” daquela casa. Se for um mecanismo mais complexo, será mais difícil ainda acreditar que teria surgido espontaneamente.
Se ninguém assistiu a construção não haverá testemunhas e o debate se estabelecerá. Neste caso, eu ficaria com os que acreditam que alguém esteve lá, pois não é comum casas com instalações elétricas e hidráulicas aparecerem construídas aqui na terra, muito menos na lua onde os materiais e condições físico-químicas são diferentes daqui. Se for um equipamento mais complexo, mais certeza ainda eu teria de que alguém projetou e construiu. Jamais vi algo na engenharia que me fizesse acreditar diferente.
Se eu fosse pesquisar o tema, investiria na linha de descobrir quem esteve lá, jamais na outra de achar que a construção surgiu espontaneamente.
Estudando, percebi que tanto na física clássica quanto na física quântica, no mundo macro e no mundo micro, há leis universais modeláveis. Há efeitos de alta complexidade que envolvem estruturas macroscópicas e microscópicas. Estudando química e física nuclear percebi que estruturas cristalinas microscópicas são complexas e bem construídas, com perfeição extraordinária.
Reações químicas e nucleares possuem perfeição e beleza digna de estudos, pesquisas e apreciação. Estas coisas todas teriam surgido espontaneamente? As leis que as regem teriam sido estabelecidas sem nenhuma interferência externa? A sincronia e perfeição da natureza e do ser humano, tudo se organizou espontaneamente?
Acreditar no surgimento espontâneo do universo seria o mesmo que acreditar que ao explodir-se uma montanha, uma cidade poderia ser erguida, ou o mesmo que a explosão de um ferro velho poderia fazer surgir um carro novo, ou que a explosão de uma gráfica produziria vários livros impressos, encadernados e prontos para o uso.
A estrutura de uma cidade, de um carro e de um livro é bem mais simples que toda a estrutura do universo, tanto no aspecto micro, quanto no aspecto macro. Portanto, prefiro acreditar que há um criador.
Debater o universo afastando-se a hipótese de um criador é uma linha passível de escolha, mas é contraditória em si mesmo. Enquanto for inconclusiva, está sub judice, portanto, não merece a mesma credibilidade do que é comprovado cabalmente. Muito menos afeta argumentos contrários baseados em leis universalmente aceitas.
Há muitos artigos científicos que debatem a parte do evolucionismo que afasta a hipótese de um criador. Isso é fruto das várias linhas de pesquisas existentes. Podem ser honestas, mas certamente há equívocos. Se não houvesse, todos falariam as mesmas coisas e isso não é verdade. Quanto mais impreciso e difícil de provar, maior a necessidade de buscar mais argumentos para tentar evidenciar algo que contraria a lógica geral de várias leis e premissas científicas: matéria e energia não surgem do nada, senão várias leis científicas já teriam sido derrubadas, como a Lei de Lavoisier e os estudos de Einstein, Plank e outros.
Quanto ao homem ter vindo do macaco, é uma teoria lastreada em evidências que entendo serem insuficientes. Não há consenso sobre o tema. Respeito quem pensa diferente, mas não acredito que meus ancestrais tenham sido macacos, a não ser que me provem cabalmente. Isso não aconteceu e, pelo que percebo, as divergências neste debate só reforçam o que acredito.
Ademais, creio em Deus. Euo conheço. Creio mais ainda, que Jesus Cristo, Seu filho, morreu na cruz e ressuscitou para pagar pelos meus pecados e para me garantir vida eterna. É a minha fé. Quem zomba de mim por causa disso mostra a sua índole e insegurança no que acredita. Tudo bem. Tenho muita paz e segurança no que creio e não preciso de aprovação para que eu continue crendo.
Eu creio tanto na existência de Deus que declaro isso às pessoas como forma de mostrá-las o caminho que sigo e que sou feliz. Se alguém quiser segui-lo, a própria pessoa atestará a sua eficácia. Contudo, respeito às opiniões e escolhas de cada um, sejam religiosos ou ateus. Não tenho desconforto com opiniões divergentes da minha, mas tenho segurança que Deus não só existe como tem sido fundamental em cada etapa da minha vida. Minha história mostra isso.
Quem se irrita com opiniões ou convicções diferentes evidencia claramente insegurança no caminho que segue. O mecanismo consciente ou inconsciente que provoca o desequilíbrio capaz de fazer alguém xingar ou ofender outro apenas por crer diferente é fruto, naturalmente, de uma fé fundamentalista e, também, intolerante.
Doutor em Economia pela UFF • Mestre em Engenharia Nuclear pelo IME • Pós-graduado em Auditoria e Perícia Contábil pela UNESA • Engenheiro de Fortificação e Construção (civil) pelo IME • Bacharel em Direito pela UFRJ (aprovado na prova da OAB-RJ) • Bacharel em Ciências Militares pela AMAN
Fonte: gospelprime.com.br