Em:01/02/2013
Casais Estão Adiando Os Filhos E Sofrendo As Consequências
John
Stonestreet
Em outubro, um homem chamado
Ramjeet Raghav teve um filho com a esposa, Shakuntala. A história virou notícia
pelo mundo porque Raghav afirma ter 96 anos de idade, o que faria dele o homem
vivo mais velho a conceber uma criança. Perdido entre os questionamentos sobre
sua idade está o fato de que sua esposa tinha 53 anos quando o segundo filho
nasceu.
A Índia não é o único lugar onde os
novos pais estão ficando mais velhos. Em uma recente reportagem de capa da
revista New Republic, Judith Shulevitz destaca que ter filhos "muito mais
tarde do que se costumava ter” se tornou “perfeitamente normal” para a maioria
dos americanos.
Mas “normal” não é o mesmo que
”inofensivo”, motivo pelo qual seu artigo está intitulado "Como a
Paternidade Tardia Irá Subverter a Sociedade Americana".
O que irá “subverter” nossa
sociedade não são casos atípicos, como Larry King se tornando pai aos 66; são
inúmeros americanos adiando os filhos até meados dos 30 ou até 40 anos.
Desde 1970, a média de idade para o
primeiro filho das mulheres americanas aumentou em quatro anos: De 21,5 para
25,4 anos. A média de idade para a primeira paternidade agora é de 28 anos.
Pode não parecer relevante, mas as
médias podem enganar: uma mulher com nível superior possui três vezes mais
chances de ter seu primeiro filho aos 30 do que as outras. Trinta pro cento
delas adiam os filhos até a casa dos 30.
Ainda mais impressionante é o fato
de que “enquanto a taxa de natalidade nos EUA despenca devido à recessão,
apenas os homens e mulheres com mais de 40 continuam tendo mais filhos do que
no passado”.
De acordo com Shulevitz, estamos em
meio a um “experimento natural” que irá medir o impacto de “sistemas
reprodutivos envelhecidos e do ávido consumo de tratamentos de fertilidade” na
vida familiar.
Os resultados não serão totalmente
entendidos por um longo tempo, mas o que já sabemos, conforme constata
Shulevitz, “deve nos alertar mais do que já o faz”.
Isso se deve ao fato de que há uma
correlação bem estabelecida entre a idade da mãe e anormalidades cromossômicas:
uma criança nascida de uma mulher na casa dos 40 possui de 15 a 20 vezes mais
probabilidade de sofrer de anormalidades do que uma nascida de uma mãe na casa
dos 20.
E há a ligação menos conhecida
entre a idade dos pais e doenças mentais: “homens com mais de 50 anos possuem
três vezes mais chances do que homens abaixo dos 25 anos de ter filhos
esquizofrênicos”. No início do mês, a revista britânica Nature publicou um
estudo que concluiu que “o número maior de pais mais velhos poderia explicar o
aumento de 78% nos casos de autismo na última década”.
Esses resultados são controversos,
para dizer o mínimo. Mas o que não é controverso é o fato de que adiar os
filhos aumenta os riscos à saúde deles. É o que Shulevitz chamou de “um círculo
vicioso do declínio da fertilidade . . . e o dano causado pelas tecnologias de
reprodução assistida” estava criando uma geração de crianças “fenotipicamente e
quimicamente diferentes" das gerações anteriores.
Mas apesar dos inegáveis riscos,
nossa cultura trata esse fenômeno como um “triunfo”. A tecnologia “libertou”
tanto o homem quanto a mulher de fazer escolhas difíceis.
Exceto que isso não é verdade: a
natureza não é infinitamente maleável para se conformar de acordo com nossos
caprichos egoístas. A biologia dará a palavra final, mesmo se os que agora
lutam contra ela não estiverem mais aqui quando ela cobrar a conta.
Então, qual deveria ser a resposta
cristã? Isso é assunto para a nossa próxima transmissão. Continuem
sintonizados.
Traduzido
por Luis Gustavo Gentil do artigo do LifeNews.com: Couples
Are Postponing Childbirth and Suffering the Consequences
Fonte:
www.juliosevero.com
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