Em: 20 de janeiro de 2010 - Por: Thaddeus M. Baklinski
Thaddeus M. Baklinski
GRAND RAPIDS, Michigan, EUA, 5 de janeiro de 2010 (Notícias Pró-Família)
— Um estudo realizado nos EUA indica que uma surra não é prejudicial
para as crianças e, aliás, declara que crianças que foram fisicamente
disciplinadas quando eram novas, entre as idades de 2 e 6, se tornaram
adolescentes mais felizes e bem sucedidos e tiveram um melhor desempenho
na escola, e tiveram mais probabilidade de fazer trabalho voluntário e
querer ir para a universidade do que aqueles que nunca foram surrados.
O
estudo, conduzido sob o patrocínio do Estudo dos Perfis da Vida
Americana (EPVA) {http://pals.nd.edu/} e feito pela Dra. Marjorie
Gunnoe, professora de psicologia na Faculdade Calvin em Grand Rapids,
Michigan, revelou que há falta de evidências provando que uma surra
prejudica as crianças, e que o uso sensato da surra como conseqüência
normal para a má conduta é benéfico para as crianças.
“Não há base para as alegações que se fazem contra a surra disciplinar. Elas não estão em coerência com os dados”, disse Gunnoe.
“Penso
na surra como um instrumento perigoso, mas há ocasiões em que há uma
tarefa grande o bastante para um instrumento perigoso — não podemos
simplesmente usá-lo para todas as nossas tarefas”, acrescentou ela.
A
professora Gunnoe entrevistou 2.600 adolescentes, fazendo-lhes
perguntas sobre surras. Ela constatou que quando as respostas dos
participantes foram comparadas com sua conduta, tais como sucesso
acadêmico, otimismo sobre o futuro, conduta anti-social, violência,
ataques de depressão, aqueles que haviam sido fisicamente disciplinados
só entre as idades de dois e seis tiveram o melhor desempenho em todas
as medidas positivas.
Aqueles
que haviam sido surrados entre sete e onze exibiam conduta mais
negativa, mas ainda assim tinham mais probabilidade de obter sucesso
acadêmico.
Em
casos em que a disciplina física continuou além da idade de 12, ou
naqueles que nunca haviam recebido castigo físico, os filhos tiveram um
desempenho mais fraco nos indicadores que foram levados em consideração.
A Dra. Gunnoe constatou que quase um quarto dos adolescentes no estudo
relatou que jamais foram surrados.
O
Conselho Americano de Pediatria (CAP) declara que uma surra disciplinar
aplicada pelos pais pode ser eficaz quando utilizada de forma
apropriada. “É claro que os pais não deveriam se apoiar exclusivamente
na surra disciplinar para controlar a conduta de seus filhos”, diz a
declaração de posição da organização. “As evidências indicam que pode
ser uma parte útil e necessária de um plano bem sucedido de disciplina”.
De
acordo com o CAP, a disciplina eficaz tem três componentes: um
relacionamento de amor e apoio entre pais e filhos; uso de incentivos
quando as crianças têm bom comportamento; e, uso de castigo quando as
crianças se comportam mal.
Muitos
pais que temem usar uma surra como castigo afirmam que a surra ensina
conduta fisicamente agressiva que a criança imitará.
Aric
Sigman, psicólogo e autor do livro “The Spoilt Generation: Why
Restoring Authority will Make our Children and Society Happier” (A
Geração Estragada: Por que restaurar a autoridade tornará nossos filhos e
a sociedade mais felizes), comentou os resultados da pesquisa da
professora Gunnoe.
“A
ideia de que dar palmadas e violência estão na mesma categoria é uma
maneira bizarra e doentia de ver aquilo que é castigo para a maioria dos
pais”, ele disse ao jornal Daily Mail da Inglaterra.
“Se
um pai que normalmente é afetivo e sensível à criança aplica de forma
sensata a disciplina, a sociedade não tem por que se queixar e se
enfurecer. Os pais precisam somente aprender a distinguir a disciplina
de um murro na cara”.
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Veja também este artigo original em inglês: http://www.lifesitenews.com/ldn/2010/jan/10010507.html