Fonte 2: Verdade Gospel - Em:22/06/12 - 10:10
A decisão foi anunciada anteontem pelo procurador Andi Konggoasa ao The Jakarta Post,
o principal jornal em língua inglesa do país. Procurado, o Itamaraty
informou que está ciente da situação e que está adotando medidas sobre o
caso.
Marco será o primeiro brasileiro a ser
executado em outro país – e o primeiro ocidental a ser morto na
Indonésia. O país mantém cerca de 30 estrangeiros, entre eles outro
brasileiro, no corredor da morte - a maioria por tráfico.
A execução se dá por fuzilamento. Além
dele, outros dois estrangeiros morrerão, segundo o procurador. A
Indonésia não executa ninguém desde 2008.
Segundo o jornal, Marco já fez até o último pedido: uma garrafa de Chivas Label (whisky).
O presidente da Indonésia, Susilo
Bambang Yudhoyono, que está no Brasil participando da Rio+20, recusou o
último pedido de clemência feito em 2008. Foi a segunda recusa: a
primeira ocorrera em 2006. Não há mais possibilidade de recursos na
Justiça.
Histórico do brasileiro
Segundo ele, a venda da droga serviria para pagar uma dívida contraída com um hospital em Cingapura.
Em 1997, Marco sofreu uma queda de um
parapente em Bali e teve que ser transferido para o país vizinho. Não
conseguiu pagar todo o tratamento e era constantemente cobrado.
Foi então que, segundo ele, viajou para o Peru para comprar a droga e tentar entrar na Indonésia para vendê-la.
A pena de morte para tráfico de drogas
foi instituída no país em 1997, a exemplo do que ocorre em outros países
do Sudeste Asiático, como Tailândia, Malásia, Cingapura e Filipinas.
Arrependimento
O brasileiro está preso em
Nusakambangan, um complexo de prisões a 430 km de Jacarta. A Folha
esteve com ele em 2010. Na época, Marco disse que estava arrependido do
que fez e que sonhava em voltar ao Brasil.
Ele não é casado nem tem filhos. A sua
mãe morreu em 2010 e ele tem duas tias. Uma delas, que está mais
envolvida com o caso, ficou bastante abalada. A embaixada da Indonésia
ficou de enviar um pedido de desculpas a ela.
Outro brasileiro
Ele e Archer são os únicos brasileiros condenados à execução no mundo.
Gularte, que levava a droga em uma
prancha de surf, perdeu todos os recursos possíveis na Justiça – o
último, em 2011 – e sua única chance de evitar ser fuzilado é obter o
perdão do presidente indonésio.
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Fonte: Folha
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